

Rózà
Teatro | 97’| Brasil | 2014
Rózà é um espetáculo multimídia construído a partir das cartas e textos de Rosa Luxemburgo, em sua maioria escritas na prisão. Em uma relação entre o teatro e o cinema através de projeções e imagens, a peça traz a figura revolucionária de Rosa para o presente, em diálogo com as lutas e insurgências de hoje. O público é convidado a entrar em um espaço-instalação que se torna um quarto, uma prisão, rua ou jardim.

FICHA TÉCNICA
Concepção: Martha Kiss Perrone
Direção: Martha Kiss Perrone e Joana Levi
Performers: Carolina Bianchi, Joana Levi e Martha Kiss Perrone
Dramaturgia: Martha Kiss Perrone
Performance musical: Fronte Violenta (Anelena Toku e Carla Boregas)
Criação de vídeo: Marília Scharlach e Olívia Niculitcheff
Operação de vídeo: Olívia Niculitcheff e Alicia Esteves
Direção musical: Edson Secco
Composição: Edson Secco e Fronte Violeta
Instalação cenográfica: Renato Bolelli Rebouças
Assistente de direção: Olívia Niculitcheff
Operação de luz: Maurício Mascarenhas
Assistente de iluminação: Beatriz Camelo
Cenotécnico: Jeff Lemes
Produção: Veridiana Mott e Martha Kiss Perrone
Assistente de produção: Paula Sonnewend Serra
Coprodução: Casa do Povo
Programação visual: Carlos Perrone
Apoio: Forma Certa

MARTHA KISS PERRONE
Martha Kiss Perrone é diretora, atriz e dramaturga brasileira que atua na interseção entre teatro, performance, dança e cinema. Formada em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia Helena e em Artes Visuais pela FAAP, foi fundadora do grupo Tablado de Arruar e dirigiu peças como Fim de Partida, de Samuel Beckett, e Rózà, espetáculo multimídia que integrou a Mostra Oficial do Festival de Curitiba, sendo reconhecido entre os melhores do ano pela crítica. Em sua trajetória, soma experiências internacionais no Théâtre du Soleil (França) e no Maxim Gorki Theater (Berlim), além de colaborações marcantes no cinema: dirigiu arte e preparou o elenco de Elena, de Petra Costa, com quem também colaborou nos roteiros de Olmo e a Gaivota e, mais recentemente, no longa Êxtase, de Moara Passoni. É integrante da ColetivA Ocupação, com quem apresentou Quando Quebra Queima no Brasil e no exterior, e segue desenvolvendo projetos como Revolta Lilith, Goldfadn’s Dream (Casa do Povo) e a criação do espetáculo Antigone in the Amazon, em parceria com o diretor suíço Milo Rau. Sua pesquisa atravessa os corpos, os territórios e as lutas — e faz do teatro um lugar de insurgência e reinvenção.
Foto: Laima Arlauskaite

JOANA LEVI
Joana Levi é performer, encenadora e dramaturgista nascida no Rio de Janeiro e radicada em Lisboa desde 2017. Formada em Filosofia pela USP e mestre em Estética pela Universidade Nova de Lisboa, desenvolve há mais de duas décadas uma prática artística que cruza performance, teatro, dança e pensamento filosófico. Sua criação se dá por meio de processos colaborativos e transdisciplinares, atentos às fricções entre corpo, imaginação e experiência sensorial. No Brasil, assinou obras como Museu Encantador (Prêmio Funarte), em parceria com Rita Natálio; Rózà (Prêmio Zé Renato), com Martha Kiss Perrone; e In_Trânsito (Prêmio Montagem Cênica), com a Cia Marginal. Em Portugal, colabora com artistas como Carlota Lagido, Sónia Baptista, Gustavo Ciríaco e Julia Salem, e apresentou suas criações em espaços como o Alkantara Festival, Teatro São Luiz e Culturgest. É cooperadora da Penha SCO Arte Cooperativa, onde atua na programação e gestão de projetos performativos. Sua trajetória habita territórios híbridos, em que estética e política se encontram para tensionar os limites do visível, do sensível e do dizer.
Foto: Suzana Chicó

“RÓZÀ é outra das joias do ano que termina. A montagem valeu-se das cartas escritas por Rosa Luxemburgo. Uniu teatro, música, vídeo e performance. O espetaculo é uma experiência, um alumbramento, um enlevo para o coração.”
Maria Eugênia Menezes, O Estado de S. Paulo