Passagens de Elena: passagem da infância para adolescência, de filha única para a irmã mais velha de Petra, da vida na ditadura do Brasil para a democracia e passagem pelos EUA em intercâmbio para estudar inglês. Registros em gravações VHS da família, diários de Elena em fitas K7 e depoimentos emocionados dos que passaram na vida de Elena nessa época.

As memórias do processo de realização de ELENA. As vozes de Petra e importantes pessoas da equipe (roteirista, montadoras, diretora de arte e consultora) contando a construção do filme: as primeiras inspirações, o início do trabalho, as transformações da narrativa e as transformações provocadas em seus próprios realizadores. Uma equipe feminina falando sobre a profundidade e delicadeza do “vir-a-ser-filme” de ELENA.

Pout-pourri de registros e movimentos de Elena: seus gestos, seus passos, seus giros, seus saltos, seu balançar, sua dança!

A relação do pai com Elena: ele desenterra as saudades e as lembranças e desenterra também as cinzas de Elena, as espalhando entre coloridas flores, numa linda e bucólica paisagem.

A relação da mãe com Elena: a identificação, o estranhamento, a educação, a culpa, a dor, o amor. O tempo que vai em sentimentos que ficam.

A dança faz parte de Elena, em seus passos melancólicos ou em seus passos rumo a um curso de dança na Hungria: saltos radiantes lembrados por sua amiga e companheira de viagem e por imagens de um vídeo encontrado.

O mergulho profissional de Elena. Boi Voador foi o grupo de teatro do qual Elena fez parte e onde sua carreira começou a ganhar destaque. Imagens de arquivo e depoimentos de membros do grupo - importantes e reconhecidos artistas brasileiros da atualidade - falando sobre o talento, a garra, a graça, a beleza, a rebeldia, a perseverança, a inquietude, a peculiaridade, a autocrítica, o carisma, o magnetismo, a carência, a criatividade, o sofrimento e a doçura de Elena.

Elena nasceu e passou seus primeiros anos na clandestinidade da ditadura militar brasileira. A juventude militante dos pais, fatos da história do Brasil e as lembranças com a pequena Elena, que brincava, se refrescava em piscina, subia em árvores e se refugiava junto com seus pais.

Petra mergulha em si e em pistas que encontra para buscar Elena. Em um diário japonês descobre uma última Elena vista: uma princesa? Uma mulher misteriosa? Uma atriz apressada? Uma jovem assustada? Em seus registros, o amigo narra uma ida prosaica ao cinema com Elena e Petra narra o encontro com esse diário 20 anos depois.

A primeira memória que Petra tem de Elena. Imagens e sensações se liquefazendo num vai e vem de ondas e sentimentos: o medo do mar, a proteção da irmã, a tormenta, a calmaria, o enfrentamento, a superação e o rito da festa de Iemanjá – rainha do mar na mitologia africana – celebrada em praias brasileiras.

Pelas águas caminham Ofélias: Petra em busca da irmã e outras tantas moças em suas buscas de “vir-a-ser-mulher”. Um clipe de poéticas imagens de água e mulheres em suaves mergulhos.

Uma Ofélia mergulhada em seus pensamentos, sonhos e desafios do “vir-a-ser-mulher”. Clipe da música na qual a letra é de Guimarães Rosa, importante autor brasileiro, que influenciou Elena em seu teatro, inspirou Petra a trabalhar a personagem de Shakespeare no filme e foi adaptado por Maggie Clifford nesta música.